Hoje escreveremos sobre uma série que tem um dos gêneros mais difíceis que é o humor. E o mais difícil disso tudo é criar esta dinâmica entre os atores

A série, que conta com o Ator comediante e músico norte-americano, Andy Samberg, no papel do inusitado oficial de polícia Jake Peralta, foi criada em 2013 por Daniel J. Goor e Michael Schur, e o que parecia mais uma comédia despretensiosa acabou por se tornar uma das melhores séries de comédia da atualidade. Isto não surpreende, considerando que Michael Schur era uma das mentes por trás dos roteiros da versão americana de The Office, The Good Place e do episódio Nosedive, de Black Mirror.

O pessoal que acompanhou os filmes de: ação/comédia/policial dos anos 80 e 90, com toda a certeza sentirá uma leve nostalgia nesta série, onde o detetive Jake Peralta, imaturo e habilidoso, que nunca precisou se preocupar em respeitar as regras, até o dia da 99 do Brooklyn ganhar um novo chefe, o Capitão Raymon Holt, maravilhosamente interpretado por Andre Braugher, diga-se de passagem. A única coisa que você não encontrará neste seriado serão as perseguições de carros, cenas violentas, mas tem muito humor representado pela ótima dinâmica entre os personagens.

Brooklyn Nine-Nine ou B99 traz os detetives da Delegacia 99ª resolvendo diversos crimes, e é deliciosamente engraçado acompanhar esse tipo de trama em uma série de comédia (já que, normalmente, isso ocorre em séries policiais dramáticas). B99 explora os clichês desse tipo de história propositalmente, sempre com bom humor. E isso funciona perfeitamente, já que a leveza da série sempre se mantém, fazendo o espectador rir das mais diversas situações. Entretanto, mesmo sendo uma série alto astral, existem temas que são trabalhados de modo brilhante (ainda que de modo sutil em alguns casos): homofobia, machismo e racismo são alguns exemplos, e a série consegue desenvolver esses conteúdos de modo competente, mesmo sem utilizar grandes cenas dramáticas como recurso. Discussões como a importância das mulheres se apoiarem, ou a opressão sofrida por negros e gays apenas por serem quem são alguns exemplos dos temas trazidos por B99. Outro aspecto muito bacana sobre a série é que sua trama não é repetitiva, ou seja, não fica explorando os mesmos temas à exaustão e fazendo sempre as mesmas piadas (como a imaturidade do Jake, por exemplo). Ela cresce e se diversifica, assim como seus personagens.

Estou impressionado com todos os aspectos narrativos da série e, além de elogios, não tenho nada a acrescentar, só sentir. Eu, pessoalmente, achei muito boa e recomendo a todos.

Onde assistir: Netflix.

Nota: 🎃🎃🎃🎃🎃 Fuderoso.

Sinopse: Ambientada na 99ª Delegacia de Polícia de Nova York, no Brooklyn, a série acompanha as maluquices do imaturo detetive Jake Peralta (Andy Samberg) e a relação que ele tem com o novo capitão, Ray Holt (Andre Braugher),recém-nomeado e muito sério. Os detetives incluem Jake Peralta (Andy Samberg), que tem uma alta taxa de prisões bem-sucedidas e casos resolvidos, apesar de sua atitude relaxada, despreocupada e (às vezes) infantil. Ele finalmente se apaixona por sua parceira severa, nerd, amável, mas adorável, Amy Santiago (Melissa Fumero). O esforçado, mas tímido Charles Boyle (Joe Lo Truglio) faz parceria com a estoica, agressiva e severa Rosa Diaz (Stephanie Beatriz). Os dois detetives mais velhos, Michael Hitchcock (Dirk Blocker) e Norm Scully (Joel McKinnon Miller) muitas vezes parecem incompetentes, estúpidos e preguiçosos, mas resolveram mais casos ao longo dos anos simplesmente porque estão trabalhando há mais tempo.

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