Uma coisa que sempre comentei com amigos foi que o pior lado da COVID-19 é você não saber quem tem, por causa dos casos assintomáticos, o que aumenta a transmissão. Como seria o comportamento das pessoas se os sintomas fossem mais flagrantes? É isso que tenta responder Cidade dos Mortos.

Trata-se de uma série russa que pode decepcionar quem se empolgar com o título pessimamente traduzido. O nome português horrível resulta unicamente do primeiro episódio, trampolim da série, que mostra Moscou em colapso após ser atingida por uma epidemia de gripe que ataca os olhos, provoca sangramento e morte rápida.

Todo o resto da série é um drama de sobrevivência na estrada, onde uma família e agregados tentam encontrar um porto seguro.

Quase todos os personagens são egoístas, mesmo aqueles que parecem se preocupar um pouco mais com os outros, mas todos tem seus motivos para serem assim. São personagens bem construídos e, em sua maioria, bem interpretados.

Os episódios são bem encadeados e mantém a tensão no ar, mas o ponto alto são os vários retratos do comportamento humano, como medo, solidariedade, desespero e, mesmo que de uma forma estranha, o amor.

Infelizmente o final deixa um gancho desnecessário para continuação, mas você pode ignorá-lo e terminar satisfeito.

Onde assistir: Netflix.

Nota: 🎃🎃🎃🎃 Dei valor!

Sinopse: Em Cidade dos Mortos, após um vírus desconhecido infectar toda a cidade de Moscou, Sergey (Kirill Käro), há anos morando fora, retorna para resgatar a ex-mulher e o filho. Agora, eles precisam deixar o passado para trás e embarcar numa longa e perigosa jornada rumo ao norte.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.