Quando assisti a primeira temporada da série (hoje não tão obscura) O Segredo do Templo, torci para que não houvesse uma segunda. Eu não queria que aquela grata surpresa fosse estragada pela necessidade dos produtores de extrair ideias de onde não tem, para dar um fim melancólico para algo que gostei. Eu sabia que havia mistérios não revelados, mas acredito que algumas histórias podem terminar bem, mesmo com lacunas.

Então chegou a segunda temporada e seu início foi tão surpreendente que eu consegui fingir que não estava vendo as muitas pequenas falhas de roteiro/direção, mas esse fôlego só durou até o quarto episódio. Quando as “novidades” acabaram, as soluções começaram a parecer simples demais, as explicações (quando dadas) para as pessoas chegarem tão rápido nos lugares certos começaram a se tornar forçadas e o nível caiu.

A ideia central da trama é interessante, Atiye (Beren Saat) está em uma nova realidade onde os problemas que ela resolveu na primeira temporada ainda persistem e somam-se a um novo ainda mais grave. O erro da temporada foi deixar quase todas as mesmas perguntas em aberto, não revelando a identidade nem a motivação dos vilões ocultos que sequer ganharam um nome.

Lidando com elementos místicos, sobrenaturais, religiosos e realidades paralelas, a série está destinada a virar uma série de nicho. Ela não é ruim, mas quando inevitavelmente a comparamos com Dark, inclusive por se tratar, também, de uma história de amor, não tem como não ficar com “um gosto estranho na boca”.

Onde assistir: Netflix. 

Nota: 🎃🎃🎃 Marromeno!

Sinopse: A segunda temporada segue a história de Atiye (Beren Saat), uma pintora turca. Ela mora em Istambul, onde tem uma vida perfeita e um emprego de que gosta, uma família e um namorado rico e que a ama. No entanto, seu destino é virado de cabeça para baixo por uma estranha descoberta.

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