Eu tenho expectativas muito bem estabelecidas quanto ao que esperar de uma temporada de estreia de uma série: ela deve contar uma história completa com possíveis ganchos para uma segunda temporada. Se a primeira for boa o suficiente, você volta para assistir à segunda. Simples assim! Qualquer coisa diferente disso, pra mim, é estelionato dos showrunners.

Toda essa introdução é para demonstrar minha frustração com Quem Matou Sara (Netflix, 2021). A série tinha tudo para ser fuderosa: reuniu alguns dos melhores e mais carismáticos atores e atrizes mexicanos, apresenta um mistério interessante e bem cadenciado e ainda faz sua parte na luta contra o preconceito; mas peca ao fazer uma reviravolta ao invés de um desfecho.

Esse não é o único defeito da série. Tentando se firmar como thriller erótico, abusa de cenas de sexo totalmente desnecessárias enquanto usa uma atriz que nem é bonita, nem sexy (na verdade, parece uma adolescente sem graça), mas pela qual todos os homens se apaixonam com facilidade.

Outro defeito grave, mas que vem se repetindo em séries em língua espanhola (não só mexicanas) é o abuso de flashbacks, especialmente repetindo cenas sem elementos inéditos. Foi duro aturar os primeiros 20 minutos do episódio 6 que, basicamente, repetiu o 5.

Pra não dizer que não falei de flores, o episódio 8 é de lavar a alma das pessoas que lutam contra o preconceito. Uma daquelas épicas brigas de família com padrão alto de novela da Globo.

Se você não for exigente como eu quanto ao que esperar de uma primeira temporada e gostar do estilo “novelesco”, vai achar nota 10.

Onde assistir: Netflix.

Nota: 🎃🎃🎃 Marromeno!

Sinopse: A trama de ação e mistério conta a história de Alex (Manolo Cardona), um homem que foi preso injustamente ainda na adolescência, sendo o principal acusado da morte da irmã, Sara (Xinema Lamarid), que caiu de um paraquedas após as cordas que a prendiam a um barco fossem rompidas.

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