Recentemente, muitas séries, especialmente na Netflix, têm apresentado histórias do tipo “crimes mal resolvidos 15, 20 anos depois” ou “serial killer voltar atacar depois de não sei quantos anos” geralmente com efeito mediano que agrada apenas ao público fiel ao estilo, mas Reckoning (2019) consegue ir um pouco além.

O que torna a série diferente das demais é sua concentração maior nos aspectos psicológicos e menor no jogo de gato e rato ou em descobrir quem é o assassino. Desde o primeiro episódio, acompanhamos o detetive Mike Serrato (Aden Young, excelente!) psicologicamente atormentado pelo seu fracasso em deter o Assassino do Rio Russian em sua primeira série, e o reflexo desse tormento em sua família.

Também acompanhamos o orientador escolar, Leo Doyle (Sam Trammel, convincente), como principal suspeito (apenas para o telespectador, leia-se) e com problemas de relacionamento que começam com o filho, mas vão muito além.

A presença de outras personagens como um autista, outro com Azlheimer, um psicólogo, e um psiquiatra, embora não decorram nem tenham relação direta com os crimes, confirma que a mente e as peças que ela pode pregar são o principal interesse dos autores.

Não é indefectível, tem uma revelação anticlimática no meio e alguém pode argumentar que diminuindo os problemas familiares a série poderia ter menos episódios, mas eu particularmente acho que eles foram a cereja do bolo.

Onde Assistir? Netflix.

Nota: 🎃🎃🎃🎃 Dei Valor.

Sinopse: Nos episódios, acompanhamos dois homens aparentemente comuns que, vivem suas vidas normais numa pacata vila. Mas, à medida que os episódios se desenvolvem, descobrimos um constante tensão contida nos pensamentos e desejos de cada um.

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