Nem parece, mas já faz mais de 10 anos que o filme A Rede Social despertou a curiosidade do público para a história do Facebook. Hoje, The One, da Netflix, tenta trazer uma proposta similar em formato de série mas, embora traga algumas discussões éticas interessantes, não consegue imprimir o mesmo efeito.

Diferente de sua óbvia inspiração, a série não conta uma história baseada em fatos reais. Nela, dois amigos utilizam recursos ilegais para criar um serviço que ajuda as pessoas a encontrarem “The One”, a única pessoa do mundo geneticamente programada para ser seu verdadeiro amor.

O problema é que, dispostas a encontrar seu “amor perfeito”, as pessoas estão dispostas a largar seus amores “bons o suficiente” e isso levanta a discussão se o serviço é realmente “benéfico”. Premissa que conduz metade da trama.

A outra metade é uma trama policial na qual se investiga as condições da morte de um personagem e o envolvimento dos criadores do The One, expondo suas feridas.

Embora tenha uma premissa inteligente, a série acabou sendo superficial. Os personagens até são essencialmente interessantes, mas seus comportamentos às vezes parecem sem sentido, do tipo “se esse personagem ia fazer isso, porque não fez antes?” sem que nenhuma explicação boa o suficiente seja dada. Melhor seria se, ao invés de repetir uma mesma cena três ou quatro vezes, o diretor tivesse usado o tempo para justificar as decisões.

O final até tenta apresentar alguma surpresa, mas acaba sendo apressado e trazendo um discurso feminista mal encaixado que, curiosamente, diminui a mensagem feminista que podia se extrair do meio. Uma pena que uma série com tanto potencial esteja fadada a ser “só mais uma”, mas ainda vale como diversão de fim de semana.

Onde assistir: Netflix.

Nota: 🎃🎃🎃 Marromeno!

Sinopse: Uma pesquisadora ajuda a descobrir como encontrar o par ideal com base no DNA e cria um novo serviço de relacionamentos que vai dar o que falar.

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