Por mais que eu saiba que ela tem uma legião de fãs, eu considero a série Lost a minha pior decepção televisiva, e não foi pelo final que ninguém gostou, eu “visionariamente” abandonei já na primeira temporada. Assim, ao ver a sinopse de The Wilds: Vidas Selvagens, que dizia algo como “adolescentes sobrevivendo em uma ilha deserta depois de um acidente aéreo” eu deveria ter pulado fora, mas ainda bem que resolvi dar uma chance.

Precisa ser muito mais chato do que eu para não ser “arrebatado” pelo primeiro episódio. Bem narrado, ficamos sabendo desde o início que as adolescentes sobreviveram e que o acidente não foi exatamente o que parece; ao mesmo tempo que estabelece o formato da maioria dos episódios além desse: uma  sobrevivente contando o que passou na ilha e apresentando os segredos do seu passado que o levaram até ela.

A série é feminista e não se cansa de mostrar isso e, mesmo que esteja a serviço de uma bandeira, se você não simpatizar com a causa dessa vez, não vai simpatizar mais. Drama e suspense se entrelaçam a todo momento e é improvável que você não simpatize ou se identifique com ao menos uma das personagens.

Infelizmente, a série tropeça em erros comuns de filmes e séries similares, onde há um observador externo, como inverossimilhança e ângulos de visão pouco coerentes. Esses erros poderiam ser perdoados, já que a execução geral é instigante, mas o final da temporada maximizou esses tropeços resultando até em certa incoerência. Nada que invalide o todo, mas vai fazer muita gente torcer o nariz.

Onde assistir: Amazon Prime.

Nota: 🎃🎃🎃 Marromeno!

Sinopse: The Wilds acompanha um grupo de meninas adolescentes que sofre um acidente de avião e acaba preso numa ilha deserta. Com origens diferentes, elas precisam lutar para sobreviver nesse lugar inóspito, sem desconfiar que, na verdade, estão fazendo parte de um experimento social bastante elaborado. Enquanto aprendem a conviver umas com as outras, seus segredos e seus traumas vêm à tona.

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