Quando a Netflix anunciou a trilogia Rua do Medo, eu, como fã de terror, fiquei com a expectativa lá em cima: uma “franquia” que já começa com mitologia pronta e contada “de trás pra frente” parecia muita ousadia para o serviço de streaming, mas funcionou! Passa longe de ser  “fantástico”, mas diverte.

A trilogia se baseia em uma série de livros do mesmo nome, voltados para o público adolescente, e conta a história de Shadyside “A capital dos assassinatos dos EUA”, uma cidade marcada por diversos episódios de surtos psicopatas que sempre resultam na morte de muitos moradores locais.

A proposta da trilogia é ser algo como uma homenagem com doses de ironia a filmes de terror diversos, especialmente do estilo slasher que tem como expoente mais recente a franquia Pânico. As homenagens até funcionam, mas deixam a trilogia um pouco sem identidade.

O primeiro filme até funciona bem sozinho, mas ao antecipar o final do segundo (sobreviventes, cenário, vilão…) o torna bem cansado. Até a tentativa de confundir o espectador para surpreender no final é tão óbvia que causa vergonha alheia.

O terceiro filme – que conta como começou a maldição da cidade num passado mais afastado – é menos óbvio, mas ao repetir atores dos demais filmes se torna um tanto cansativo.

Acredito que os pontos mais positivos da trilogia são mesmo: a ousadia da proposta, o casal principal que move a história e o fato de que os “mocinhos” não são aqueles estúpidos completos de filmes de terror: sempre constroem planos para lidar com os vilões, muito embora não saiam como esperados.

Vale a conferência, mas não espere muito.

Onde assistir: Netflix.

Nota: 🎃🎃🎃 Marromeno!

Sinopse: A trilogia, dirigida por Leigh Janiak, conta a história de jovens que são assombrados por assassinos comandados pela bruxa Sarah Fier, morta na cidade de Shadyside em 1666. Desde o fatídico ano, nove moradores comuns foram possuídos pela bruxa e saíram em uma fúria assassina sem fim atrás de seus alvos.

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