Você já recebeu uma propaganda relacionada a um tema que você acabou de conversar numa mesa de bar? Ou achou surpreendente como viu uma publicação sobre aquele assunto que você “vinha pensando”? Se antigamente essas coincidências tinham um tom “meio místico”, hoje elas são facilmente explicadas pelo cruzamento de dados e apresentar isso, mesmo para o espectador mais leigo, é a proposta de O Dilema das Redes, da Netflix.

O filme foi produzido como um “docudrama”, que mistura documentário com cenas protagonizadas por atores para ilustrar melhor seus conceitos.  Contando com depoimentos de vários profissionais, corresponsáveis pelo desenvolvimento de várias revoluções tecnológicas da Era da Informação, o filme procura mostrar como nossos valores estão sendo moldados ao “bel prazer” das grandes corporações (coisa que na verdade acontece desde que o mundo é mundo), em especial através das redes sociais.

O ritmo é bem cadenciado e há pouco a se falar das interpretações, que são sucintas, mas servem ao seu propósito. O defeito do filme é não ser mais incisivo em demonstrar como os consumidores são levados a comprar produtos que não precisam de fato, ou como muitas eleições recentes foram manipuladas por robôs utilizando os recursos das redes, o que certamente será explorado em uma continuação.

Como profissional de inovação e tecnologia, não me trouxe fatos novos, mas ouvir a narrativa do ponto de vista “dos autores” é sempre mais interessante; acredito que os curiosos de fora da área de tecnologia devem gostar ainda mais. Definitivamente um filme indispensável para esse período eleitoral.

Onde assistir: Netflix. 

Nota: 🎃🎃🎃🎃 Dei Valor!

Sinopse: O Dilema das Redes nos mostra como os magos da tecnologia possuem o controle sobre a maneira em que pensamos, agimos e vivemos. Frequentadores do Vale do Silício revelam como as plataformas de mídias sociais estão reprogramando a sociedade e sua forma de enxergar a vida.

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