Hoje escrevemos sobre um cultuado filme da década de 1980 que saiu das telas do cinema e ganhou série de televisão, jogos de videogames, desenhos animados e quadrinhos; estamos falando do famoso policial do futuro, Robocop, cujo filme dirigido por Paul Verhoeven continua relevante mesmo 30 anos após seu lançamento, capaz de suscitar discussões a respeito de suas alegorias e metáforas.

Numa Detroit dominada pelo crime, num futuro não datado, a câmara da cidade concorda em ceder parte de seu território para a multinacional OCP em troca do fim da criminalidade. Como recurso à organização, é oferecida a “obsoleta” força policial humana, praticamente descartada de imediato em virtude de a OCP estar mais interessada em desenvolver e comercializar robôs policiais. Seu primeiro projeto, ED-209, falha e esse é o sinal verde para a criação de um novo: Robocop.

O projeto, que requer um corpo com morte cerebral é executado sobre o policial Alex Murphy (KIA) e rapidamente se torna um sucesso, diminuindo a criminalidade, mas, a que preço? O agente da lei perfeito sob a ótica ultra capitalista da OCP, como referência a todo e qualquer subordinado, é uma máquina que não questiona, não se alimenta, e necessita de pouco descanso.

Além disso, se por um lado o fracasso do ED-209 e o sucesso do Robocop mostram a importância do elemento humano nas tomadas de decisão, contra a frieza das máquinas, por outro a recuperação da memória do agente Murphy e seu particular interesse de “vingar a própria morte” mostra que interesses pessoais podem ser nocivos para um corporação.

Muitos dizem para nunca rever os filmes de sua infância. Eu até concordo, mas há exceções, e RoboCop é uma delas, pois continua uma excelente combinação de ação, ficção científica contemporânea e crítica social na forma de sátira; mas uma pergunta ainda persiste: como um policial pode ser perfeito se não é capaz de correr atrás dos bandidos e faz tanto barulho que não consegue pegar ninguém de surpresa?

Onde assistir? Telecine Play.

Nota: 🎃🎃🎃🎃🎃 Fuderoso.

Sinopse: Policial é morto em combate e transformado por cientistas da empresa que dirige a força policial em um ciborgue ultrassofisticado a fim de ser usado na luta contra o crime na cidade de Detroit. Porém, apesar de ter sua memória apagada, lembranças o assombram e o levam a buscar vingança.

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