Em 1959, quando Richard Condon escreveu o livro The Manchurian Candidate, a “ameaça comunista” era “real”, por isso fez enorme sucesso nos EUA e foi rapidamente adaptado para as telonas, mas não é do clássico de 1962 com Frank Sinatra que vamos falar hoje, o foco é Sob o Domínio do Mal, remake de 2004.
Nesta versão, sai a Guerra da Coréia e entra a do Golfo, saem China e Rússia, entra a grande corporação Manchurian Global, mas a essência é a mesma: uma entidade inimiga da América faz lavagem cerebral em soldados americanos para seus interesses escusos, o principal deles: infiltrar um de seus agentes como nada menos do que o Presidente dos EUA.
A história é bem amarrada, apesar de algumas explicações/justificativas superficiais, e o elenco encabeçado por Denzel Washington como um dos soldados e Meryl Streep como a Senadora Eleanor Shaw, torna a trama ainda mais crível. Vale destacar a atuação do geralmente discreto Liev Schreiber como o candidato que dá nome ao título original.
Ainda sobre o elenco, é divertido/curioso observar atores em papéis discretos que só anos mais tarde viriam a cair no gosto da cultura pop, como Vera Farmiga (de Invocação do Mal), Jefferey Wright (o Bernard de Westworld) e Anthony Mackie (o Falcão dos filmes da Marvel).
Teoria da conspiração em estado puro, um filme recomendado para quem gosta de suspense e gostaria de lembrar da época que as eleições americanas eram “menos polêmicas”.
Onde assistir: Amazon Prime Video.
Nota: 🎃🎃🎃🎃 Dei valor!
Sinopse: Ben Marco (Denzel Washington) é um soldado que, em meio a Guerra do Golfo, é sequestrado pelo inimigo, juntamente com sua tropa. Alguns anos depois, já em sua casa, Ben começa a se lembrar do processo de lavagem cerebral pelo qual passou enquanto esteve preso, que fazia com que obedecesse ordens sem contestá-las. Com um de seus companheiros de tropa, Raymond Shaw (Liev Schreiber), agora concorrendo a um cargo na vida política do país, Ben tenta entrar em contato com ele, temendo que ele esteja sendo controlado neste exato momento.