Sempre procurando conteúdo fora do mainstream, especialmente baseados em livros, essa semana deparei-me com o interessante A Ira de Deus, um suspense argentino que eu arriscaria chamar de “ousado”.

A premissa básica de um suspense é a existência de um ou mais mistérios, o sequenciamento de pistas desencontradas, eventuais reviravoltas e, se possível, uma revelação arrebatadora. Pois bem, A Ira de Deus não tem nada disso, mesmo assim funciona.

Dirigido por Sebastián Schindel, não muito conhecido do público geral brasileiro, o filme acompanha Luciana (Macarena Achaga), uma auxiliar de escritores, que tem sua vida marcada por diversas tragédias após trabalhar com um renomado escritor, a quem atribui a culpa pelas suas perdas.

Após abrir com a cena final, o filme volta 12 anos no tempo para mostrar os eventos que levaram até ali, e os primeiros 15 minutos apresentam como as mortes vão acontecer (não é spoiler, é bem evidente), então como isso pode funcionar?

Além do bom encadeamento, os personagens são bem elaborados e suas motivações são críveis, especialmente Kloster (Diego Peretti), o escritor, usou suas próprias tragédias para seguir adiante, fazendo questão de se apresentar como suspeito para Luciana o que leva à sua flagrante perturbação psicológica.

É um daqueles filmes que a cada fato novo, você pensa “Eu já sabia!”, mas que não vai ser uma experiência frustrante por causa da sua genialidade.

Onde assistir: Netflix.Nota: 🎃🎃🎃🎃 Dei valor!

Sinopse: Luciana está convencida de que um famoso escritor está por trás das mortes misteriosas que rondam sua família. Assim, ela pede ajuda a um jornalista para solucionar o mistério.

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