Se eu tivesse lido que White Lines (WL) tinha sido criada por Álex Pina, de La Casa de Papel, não teria nem começado a assistir, mas vou deixar de lado o meu desprezo pelo que a Casa se tornou, senão você que é fã não vai ler nem o próximo parágrafo.

A nova série narra a busca da protagonista Zoe (Laura Haddock) por respostas pelo desaparecimento do irmão mais velho, 20 anos antes. Interessei-me pelo mistério, mas isso é o menos significativo. Com tom meio novelesco, WL apresenta uma paradisíaca Ibiza povoada por personagens de caráter duvidoso, mas pelos quais você não consegue se conter em “torcer a favor”. São promíscuos, incestuosos, traficantes e assassinos tão carismáticos que você nem se sente culpado.

A trama se alterna entre a jornada meteórica de Axel até sua morte (não é spoiler) e a busca pela verdade. Além das duas linhas temporais principais, as cenas no presente também são montadas de modo desordenado, de modo a mostrar coisas que aconteceram apenas quando conveniente. Estratégia aprimorada do que ele tinha feito na Casa, porém nos primeiros episódios isso se torna um pouco repetitivo pela forma que é executado.

Há muita inconsistência em alguns comportamentos, há elementos e personagens da trama que são abandonados completamente, mas em geral exceto pela personagem central, as evoluções da história e das personagens são interessantes mesmo numa temporada curta. 

O final deixa ganchos para uma segunda temporada que já acho que não valha a pena assistir, exatamente como eu deveria ter feito com aquela série que você já sabe…

P.S. Tirem as crianças da sala, há mais cenas de nudez do que nas séries da HBO.

Onde assistir: Netflix.

Nota: 🎃🎃🎃 Marromeno.

Sinopse: Zoe Walker deixa para trás a sua vida pacata para investigar o desaparecimento do irmão em Ibiza, onde cedo se embrenha num caminho decadente e perigoso.

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