O TBT de hoje é especial pra mim, pois vou falar sobre um filme que venceu todos os meus preconceitos: O Homem que Copiava (2003). Trata-se de uma comédia romântica nacional; na minha cabeça, nenhuma combinação poderia ser pior, pois eu não gostava de nenhum desses “gêneros”.

A trama narra o esforço de André, o típico batalhador brasileiro que faz ginástica para sobreviver com um salário mínimo enquanto tenta arrumar uma grana extra para se aproximar de sua pretendida, Silvia, uma vizinha que espiona com um binóculo todas as noites da janela de seu apê.

O roteiro é consistente e crível (com algumas licenças, obviamente) e a direção é fantástica. O início do filme é propositadamente arrastado para que o espectador se identifique com as dificuldades e tédio do protagonista. Para aumentar a identificação, a história é narrada por André e seu passado é mostrado em animação, derivadas dos desenhos feitos por ele.

Mas todas essas qualidades seriam inúteis não fosse a competência dos atores. Lázaro Ramos (André), que eu não conhecia bem à época, está indefectível. Você nunca sentirá tanta vergonha alheia assistindo outro filme como nas cenas em que ele interage com Leandra Leal (Silvia), cujas expressões faciais trazem mais do que química, mas eletricidade ao casal. Completam o elenco muito bem Pedro Cardoso e Luana Piovani, mas eles estão em papéis mais confortáveis pois interpretam versões de Agostinho Carrara e uma mulher sensual respectivamente.

O diretor ainda achou uma maneira criativa de quebrar aquele “cliché de final de filme”: quando acaba tudo, ele resolve recontar a história do ponto de vista de uma “guria inteligente”. Então, foi assim que eu deixei de classificar “nacional” como gênero.

Onde assistir: Amazon Prime.

Nota: 🎃🎃🎃🎃🎃 Fuderoso.

Sinopse: Um humilde operador de copiadora se apaixona pela vizinha e, para conseguir se aproximar da jovem, se transforma num falsificador de dinheiro.

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