Um filme estranhamente interessante, provavelmente muito diferente do que você é acostumado com filmes nacionais. O que é um muito bom!

Hoje é o Dia do Cinema Nacional e escolhemos  resenhar sobre Bacurau, acredito que o último que fez algum barulho positivo aqui no Brasil e no exterior e que recebeu vários prêmios, inclusive o Prêmio do Júri do Festival de Cannes.

Trata-se do terceiro filme do aclamado diretor Pernambucano, Kleber Mendonça Filho (Aquarius e Som ao Redor), dessa vez em parceria com seu diretor de arte dos filmes anteriores, Juliano Dornelles.

Num futuro recente, Bacurau, um povoado do sertão de Pernambuco, some misteriosamente do mapa. Quando uma série de fatos inexplicáveis começam a acontecer, os moradores da cidade tentam reagir.

Com um elenco eclético, com nomes de peso nacional e internacional, liderados por Sônia Braga, Udo Kier, Silvero Pereira misturado com atores pernambucanos e moradores da região onde foi gravado, o filme mistura vários gêneros como ação, suspense, faroeste americano e um pouco de ficção. Confesso que o primeiro ato é pouco monótono, mas não menos importante; mostra todos os problemas de uma pequena cidade do interior: estruturais, políticos, segurança. Então o suspense entra em cena, as coisas começam a acontecer e vão prendendo você até o final.

Não espere um filme leve, tem cenas pesadas, sangue, nudez, mas todas  necessárias para a história, e para a estética em que o filme se propõe.

Tem muitos temas importantes por trás desse filme que os diretores quiseram deixar para que o espectador pudesse refletir: armamentos, desigualdade social, racismos, entre outros.

Acredito que o público brasileiro, infelizmente, teria valorizado mais o filme se ele fosse estrangeiro, mas enquanto essa mentalidade não muda, estamos aqui para diminuir um pouco essa injustiça.

Nota: 🎃🎃🎃🎃🎃Fuderoso.

Sinopse: Pouco após a morte de dona Carmelita, aos 94 anos, os moradores de um pequeno povoado localizado no sertão brasileiro, chamado Bacurau, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade pela primeira vez. Quando carros se tornam vítimas de tiros e cadáveres começam a aparecer, Teresa (Bárbara Colen), Domingas (Sônia Braga), Acácio (Thomas Aquino), Plínio (Wilson Rabelo), Lunga (Silvero Pereira) e outros habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Falta identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa.

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